terça-feira, 30 de outubro de 2012

2ª Parte. Ideias simples sobre a matéria de Português para o vestibulinho das ETECs.





*Para formar os períodos, as orações se unem de duas maneiras: por coordenação ou por subordinação.

Coordenação significa que as orações unidas permanecem completas e independentes.  Uma não é parte da outra. 

Já na subordinação, uma é como parte da outra, são dependentes entre si.  Em geral, há uma oração básica (principal) e outras que representam partes dela.

Portanto, uma oração pode ser sujeito da principal, ou objeto (direto ou indireto), ou adjunto adnominal/complemento nominal da principal, ou ainda adjunto adverbial da principal.  


*Há cinco tipos de orações coordenadas:  1- Aditiva (que somente soma informação à primeira, 2- Adversativa (que é como uma “adversária”, uma opositora à ideia da primeira),  3- Conclusiva (que em geral representa uma conclusão a partir da primeira ou uma decorrência da primeira oração), 4- Explicativa (que representa uma explicação para a ideia da primeira), e, por fim, 
5- Alternativa (que representa uma opção à primeira oração).


Ex.1: Fiz a lição e li o jornal.

A primeira oração é: Fiz a lição.

A segunda é: e li o jornal (oração coordenada aditiva).  


Ex.2: Fiz a lição, mas não entendi nada.

A primeira oração é: Fiz a lição.

A segunda oração é: mas não entendi nada (oração coordenada adversativa).


Ex.3: Fiz a lição, por isso entendi tudo.

A primeira oração é: Fiz a lição.

A segunda oração é: por isso entendi tudo (oração coordenada conclusiva).


Ex.4: Entendi tudo, porque fiz a lição.

A primeira oração é: Entendi tudo.

A segunda oração é: porque fiz a lição (oração coordenada explicativa).


Ex.5: Faço a lição, ou leio o jornal.

A primeira oração é: Faço a lição.

A segunda oração é: ou leio o jornal (oração coordenada alternativa).


*você deve ter percebido que classificamos somente a segunda oração de cada período.  É assim mesmo.  A oração que vem com conjunção (a palavrinha em destaque) é a que recebe a classificação.  A outra, que não precisa necessariamente ser a primeira, é chamada de coordenada assindética (nome complicado, quer dizer sem conjunção).


*Aproveite para fixar bem mais dois conceitos importantes, muito úteis:

1- Conjunção:  palavra ou expressão que liga duas orações no período (mas, e pois, portanto, que, quando, se, etc.)  

2- Preposição: palavra ou expressão que liga outras palavras dentro de uma pequena frase ou oração (de, para, com, desde, sobre, etc.)


*Vamos à subordinação: 

Se a oração subordinada está no lugar do sujeito de outra oração (principal), ela se chamará Oração Subordinada Subjetiva.

Ex.:  Conhecer você foi ótimo.  Para saber qual é o sujeito, pergunte “quem?” ou “ o quê?” antes do verbo que fizer sentido.  O que foi ótimo?  Resposta: Conhecer você (sujeito).  Portanto:

A 1ª oração é: Conhecer você (oração subordinada subjetiva).

A 2ª oração é: foi ótimo (principal).


Se a oração subordinada está no lugar do objeto direto ou indireto, ela se chamará Oração Subordinada Objetiva Direta ou Indireta.

Ex.:  Comprou o que ela quis.  Para saber qual é o objeto direto, pergunte “quem?” ou “o quê?” depois do verbo que fizer sentido.  Comprou o quê? Resposta: o que ela quis (objeto direto).  Portanto:

1ª oração: Comprou (principal).

2ª oração: o que ela quis (oração subordinada objetiva direta).


Ex.: Nós gostamos do que você fez.  Para saber qual é o objeto indireto, pergunte “quem?” ou “o quê?” acompanhado de uma preposição (de, por, para, a, etc.) depois do verbo que fizer sentido.  Gostamos do quê?  Resposta: do que você fez (objeto indireto).  Portanto:

1ª oração: Nós gostamos (principal)

2ª oração: do que você fez (oração subordinada objetiva indireta).




terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ideias simples sobre a matéria de Português para o vestibulinho das ETECs. 1ª Parte.






*Oração é frase com verbo.


*Ordem direta da oração é a sequência sujeito-verbo-objeto (s-v-o) e complementos.

Para saber qual é o sujeito, pergunte antes do verbo “O quê?“ ou “Quem?”.

Ex.:  O médico operou o paciente.  Quem operou?  O médico (sujeito).

Para saber qual é o objeto direto, pergunte depois do verbo “O quê?” ou “Quem?”.

Ex.:  Operou quem?  O paciente (objeto direto).

Para objeto indireto, a pergunta depois do verbo contém uma preposição como “de que?”, “de quem?”, “a que?”, “a quem”, etc.

Ex.:  Ele ofereceu a ela.  Ofereceu a quem?  A ela (objeto indireto).


*A frase acima está na ordem direta s-v-o.  Se colocarmos, p. ex., o objeto no início, teremos quebra de ordem direta, ou ordem inversa.

Ex.:  O paciente, o médico operou.

De quebra, aprendemos aqui o uso principal da vírgula: indicar que houve rompimento da ordem direta. Ou por inversão ou por introdução de comentários, explicações (apostos) na oração.

Ex. do segundo caso:  Ele, o melhor do time, fez o gol. 

Ele fez o gol é a oração em s-v-o.  Entre o sujeito e o verbo foi introduzida uma explicação (aposto), entre duas vírgulas.  Ou seja, a vírgula acontece onde existe uma ruptura da ordem direta da oração. 

Mas a vírgula também é usada nos períodos.

Período é um tipo de frase especial.  Ela pode conter mais de uma oração.  Se acontecer isso, chamamos de período composto.

Ex.: Eu vou lá, pois é necessário.

A primeira oração é: Eu vou lá (verbo ir).

A segunda oração é: pois é necessário (verbo ser).

Então, a vírgula é usada para indicar que uma oração acabou e outra vai começar, isso dentro de um período.  Ou seja, indica término de uma ordem direta e começo de outra.   

Mas, enfim, por que é importante sinalizar com vírgula essas rupturas?  Porque, por ex., se o leitor já leu um sujeito e uma forma verbal, ele estará esperando ler um objeto ou complemento em ordem direta.  Porém, o que vem depois é outra coisa (um aposto ou outra oração).  Isso o confundirá e o obrigará a reler o trecho para entender.  Concorda que isso atrapalha a leitura?  Por isso aparece uma vírgula indicando que ali há uma ruptura da ordem direta.


*A forma como o verbo representa a ação na oração recebe o nome de voz.  E são três tipos: voz ativa, voz passiva e voz reflexiva.

Na voz ativa, o verbo representa uma ação produzida , causada pelo sujeito.

Ex.: O médico operou o paciente.

Aqui o sujeito produziu a operação.  Verbo na voz ativa, portanto.

Na voz passiva, o verbo representa a ação que o sujeito sofre ou recebe.

Ex.: O paciente foi operado pelo médico.

O sujeito aqui é o paciente (pergunte “Quem?” antes do verbo) e é claro que ele sofreu a ação do médico.  Verbo na voz passiva, portanto.

Por fim, na voz reflexiva (pense no espelho, que faz retornar a imagem para a pessoa que se  vê nele), o verbo representa  uma ação que é praticada pelo sujeito e sofrida/recebida pelo mesmo sujeito.

Ex.:  O médico se cortou.

O sujeito é o médico.  Ele produziu a ação e, ao mesmo tempo, sofreu essa ação.  Voz reflexiva do verbo, portanto.