quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sabe por que Jesus Cristo não teve 35 alunos, digo, discípulos?


    Porque ele não era bobo.
     Se tivesse escolhido mais do que 12 discípulos, digamos, 35, a comunicação com eles não seria a mesma, para dizer o mínimo.
     Imagine-O precisando repetir várias vezes as mesmas mensagens para o grupo, porque o pessoal do “fundo” não ouviu direito.  Ou tendo que repreender Pedro e Tiago por causa da conversa paralela.  Não, Jesus não era bobo.
     E a Santa Ceia, então?  Primeiro que não caberiam todos na mesma mesa, depois, que o falatório seria tão grande que ele não conseguiria sequer chamar a Maria Madalena quando ela estivesse um pouco longe.  Quanto ao fornecimento de comida para o grupo, tudo bem, sabemos do que Ele era capaz.  Mas a coisa toda seria, convenhamos, pouco harmoniosa, ainda mais se considerarmos o vinho!
     Cristo falava alto e tinha muita autoridade, porém, na convivência prolongada, a tendência seria os alunos, quero dizer, os discípulos ficarem mais à vontade na presença dele; a bem da verdade, muito mais à vontade, se é que me entendem.  A partir daí, teríamos, certamente, manifestações bastante explícitas de sua parte no sentido de retomar o controle da comunicação, o que significa, entre outras coisas, manifestar ira.  Nas preleções, em meio a grande alvoroço, pode-se imaginar Cristo perdendo a paciência diante da total falta de atenção de alguns discípulos, que estariam até mesmo, pasmem, jogando bolinhas de papiro um no outro!
     Seguramente, ele acabaria dizendo muito mais do que uma vez a famosa frase  "Pai, afasta de mim esse cálice!".
     Mas Cristo era Cristo, sabia o que fazia.  Escolheu só doze, que é o número ideal para o chamado, em psicologia, pequeno grupo humano, próprio para ações conjuntas, uma vez que a comunicação em tempo hábil é fácil e farta, tanto do líder para o grupo, quanto no sentido inverso, ou entre todos os membros.  Além disso, o campo visual de cada participante consegue sempre enquadrar a todos, favorecendo assim a coesão do grupo.
     É, Jesus sabia das coisas...